sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Elas foram alisar o cabelo... e viraram militantes contra a 'BELEZA SUJA"



          Terça-feira, 21 de setembro de 2010  "FOLHA DE S.PAULO"

   As jornalistas americanas Alexandra Spunt e Siobhan O"Connor se engajaram na luta por cosméticos seguros após uma infeliz experiência com um produto brasileiro.
    A "escova progressiva", feitaa por US$ 400 a cabeça em um salão chique da califórnia, custou-lhes também queda de cabelos, irritações nos olhos e na garganta.
    Desconfiadas, investigaram a fórmula e descobriram que o que deixava o cabelo liso(e olhos em brasas) era o formaldeído, tóxico presente em vários cosméticos. Partiram então para as pesquisa de outros produtos. Quase todos tinham substâncias no mínimo controversas.
    Daí surgiu o livro "No More Dirty Looks" ("beleza suja nunca mais", Lifelong Books). Leia o que elas contaram á Folha Equilíbrio.

               Folha- Foi um produto brasileiro que elas levou á pesquisa?

   Alexandra Spunt - Sim. Fizemos a "Brasilian Blowout" (escova progressiva) e depois lemos sobre uma brasileira que morreu após fazer a aplicação em casa. Descobrimos que os produtos continham formaldeído em concentração maior que a permitida. Passamos a questionar por que os cosméticos tinham substâncias tóxicas e por que são aprovadas por lei.

              Todos cosméticos é "sujo"? Deve- se abrir mão de todos?

   Siobhan O"Connor - A questão é que a maioria não sabe o que está usando, mas é convencida pelos efeitos prometidos pelos fabricantes. Se você está informado sobre os riscos associados a certos produtos e mesmo assim quer usar, a escolha é sua. Até nós usamos a´s vezes alguns produtos "sujo".
   Spunt - Cada um faz o que pode. e você não vive sem tingir os cabelos, foque em outros produtos e coma os seus brócolis. Porém, se um produto sujo não tem resultados comprovados, como alguns cremes contra rugas ou estrias, abra mão deles.

             Que produto vale evitar?

   O"Connor - Qualquer um que cubra grandes áreas do corpo, como hidratante corporal ou sabonete. O passo seguinte são produtos para cabelos. È mais fácil mudar o cabelo do que a pele, não? Essa foi a nossa estratégia. Demoramos mais para dispensar os cremes para o rosto e a maquiagem, mas nossa pele ficou muito melhor depois que trocamos por produtos limpos.

            Quais cosméticos vocês acharam mais dificeis dispensar?

   Spunt - Rímel á prova d"água, com certza.
   O"Connor - Desodorante antitranspirante. Sempre tenho um á maõ para algum encontro especial.

           E o que é mais fácil de trocar?

   Spunt - Sabonete, hidratante e esfoliante. È moleza trocar por produtos naturais.
   O"Connor - Produtos para o cabelo. Depois que você se acostuma com fato de que os xampus limpos não fazem espuma, é muito fácil.

           E a lei, como deveria ser?

   O"connor - A legislação deveria ser mais rírida e então não haveria polêmica sobre qual quantidade que pode causar câncer, qual é aceitável em um produto de beleza. Que tal nenhum?

         A indústria de beleza sobreviveria nesse mundo ideal?

   Spunt - Certamente! Nós amamos os cosméticos. A indústria, limpa ou não, vai continuar. Ela deveria reformular seus processos, mas as pessoas não vão parar de comprar produtos de beleza.



         Se você está informado sobre os riscos associados a certos produtos e mesmo assim quer usar, a escolha é sua. Até nós usamos, ás vezes, alguns cosméticos tóxicos

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