sexta-feira, 30 de novembro de 2012





ESCOVA PROGRESSIVA
Abordagem crítica do uso de formaldeído em procedimentos de alisamento
Tatiana S. BaloghBaby2, Villa Ricardo T.3, Valcinir Bedin4, Valéria Maria R. Velasco2
(1) em Fármacos e Medicamentos Mestranda Pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas - USP
(2) Dr. - Cosmetologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas - USP
(3) Médico Dermatologista Coordenador da Fundação Pele Saudável
(4) Médico Dermatologista Presidente do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele
1, André R.
Existem diversos procedimentos de alisamento, mecânicos ou químicos, que proporcionam a obtenção de cabelos lisos por um curto intervalo de
tempo ou por um período prolongado. O alisamento mecânico envolve metais com alta temperatura que modificam as ligações de hidrogênio mais fracas, o alisamento químico utiliza agentes redutores alcalinos que quebram as pontes de dissulfeto do córtex. As pontes de dissulfeto são reestruturadas com o auxílio de pentes que alisam mecanicamente o cabelo e consolidadas com o uso de agentes oxidantes.
Nos últimos anos, introduziu-se nos salões de beleza brasileiros um novo
procedimento de alisamento capilar, conhecido como escova progressiva.
Este procedimento promete um alisamento duradouro, em torno de 1 a 4  meses, e é utilizado, em escala crescente, em diversos salões de beleza.
Existem diversos tipos de escovas progressivas, a maioria delas apresenta formaldeído na composição química.

FORMALDEÍDO
O formaldeído é um gás, normalmente utilizado em solução aquosa a cerca de 37% em massa (formol). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o formaldeído é cancerígeno.
Quando absorvido pelo organismo por inalação e, principalmente, pela exposição prolongada, apresenta como risco o aparecimento de câncer na boca, nas narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça. O uso de formaldeído apresenta diversos riscos, a Tabela 2 apresenta de forma sintética estes principais riscos.

Contato com um Pelé
Tóxico, causa irritação à pele gerando vermelhidão, dor e
queimaduras.

Inalação
Pode causar dor de garganta, irritação do nariz, tosse,
diminuição da freqüência respiratória, irritação e sensibilização
do trato respiratório. Pode ainda causar câncer no aparelho
respiratório, graves ferimentos nas vias respiratórias, levando
à edema pulmonar e pneumonia. É fatal em altas
concentrações.

Exposição Crônica
Pode causar hipersensibilidade, dermatites, reação alérgica,
debilitação da visão e aumento do fígado
No uso em escovas progressivas, dependendo da
concentração do formol, pode causar queda capilar.

Anvisa proíbe o uso de formol em alisamentos capilares
A utilização de formol em alisamentos capilares é proibida pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. No entanto, muitos salões de beleza do país utilizam ilegalmente o produto, expondo o consumidor e o profissional a números riscos. Não existe nenhum produto utilizando formol como alisante registrado na Anvisa. O risco do formol em sua aplicação indevida é tanto maior quanto maior a concentração e a freqüência do uso, e se dá pela inalação dos gases gerados com o uso de chapinhas de aquecimento e pelo contato com a pele. A Anvisa permite a utilização de outras substâncias como alisantes capilares, algumas substâncias aprovadas pela legislação brasileira são:
* Ácido tioglicólico
* Hidróxido de sódio
* Hidróxido de lítio
* Carbonato de guanidina
* Hidróxido de cálcio

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informações Técnicas. Disponível em:
in Acesso http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/alisante_formol.htm 20 abr. 2009
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa Alerta Sobre o USO de alisamento capilar formol em. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2007/210307.htm. Acesso em 20 abr. 2009
Solomos G.; FRYHLE C. Química Orgânica. 7ed, v. 2 Rio de Janeiro -. LTC, 474 p., 2002.

Postado Por Eduardo 
Miyazaki
 Visagista  e Terapeuta Capilar

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